Fisioterapia Pélvica previne incontinência urinaria na gestação
- Marilia Fazio
- 2 de jun.
- 1 min de leitura

A gestação é um período marcado por intensas transformações fisiológicas e hormonais no corpo da mulher. Entre as estruturas mais afetadas está o assoalho pélvico, responsável por sustentar os órgãos abdominais e controlar as funções urinária, intestinal e sexual. Embora muitas mulheres só procurem ajuda após o surgimento de sintomas como a incontinência urinária, a fisioterapia pélvica tem se mostrado uma ferramenta essencial também na prevenção, especialmente em gestantes que ainda não apresentam perda urinária — as chamadas mulheres continentes.
Estudos demonstram que a gestação, por si só, é um fator de risco importante para o enfraquecimento da musculatura do assoalho pélvico, em razão do aumento da pressão intra-abdominal, do ganho de peso e das alterações hormonais que promovem maior frouxidão ligamentar. Esses fatores, combinados, podem comprometer a função dos músculos pélvicos, antes e independente da dia de parto. Assim, iniciar um acompanhamento fisioterapêutico ainda durante a gravidez — mesmo sem sintomas — pode reduzir significativamente o risco de desenvolvimento de incontinência urinária no período gestacional ou até 6 meses no pós-parto.
Ao incluir a fisioterapia pélvica como parte do pré-natal, reforça-se uma abordagem mais integral da saúde da mulher, valorizando não apenas o tratamento de sintomas, mas também a promoção da saúde e a prevenção de futuras complicações.
Portanto, mesmo na ausência de sintomas, mulheres gestantes podem — e devem — considerar a fisioterapia pélvica como um cuidado preventivo essencial para sua saúde urogenital. A prevenção é sempre mais eficaz, menos invasiva e mais econômica do que o tratamento de disfunções já instaladas.
Escrito por: Fisioterapeuta Marilia Monteiro – CREFITO 129693-F
Comments